M1 ou NGC 1952 - Nebulosa do Caranguejo


A Nebulosa do Caranguejo (também catalogado como Messier 1, NGC 1952 ou ainda conhecida como Taurus A) é um remanescente de supernova e uma nebulosa de vento de pulsar na constelação do Touro. A nebulosa foi primeiramente observada por John Bevis em 1731 e corresponde a uma brilhante supernova (SN 1054) registrada por astrônomos chineses e árabes em 1054. A nebulosa é a mais intensa fonte de raios X e gama para energias acima de 30 KeV, com fluxo de energia luminosa acima de 1012 eV. Distância de 6 500 anos-luz (2 quiloparsecs) da Terra e tem um diâmetro de 11 anos-luz (3,4 parsecs), expandindo-se a uma taxa de aproximadamente 1 500 quilômetros por segundo.

No centro da nebulosa há o Pulsar do Caranguejo, uma estrela de nêutrons com 28 a 30 quilômetros de diâmetro, que emite pulsos periódicos de radiação que abrange quase todo o espectro eletromagnético, com uma frequência de 30,2 vezes por segundo, evidenciando uma rotação com período de apenas 33 milissegundos. Foi o primeiro objeto astronômico associado a uma explosão de supernova.


Os pulsares são fontes de radiação eletromagnética intensa, emitida em pulsos curtos e extremamente regulares. Eram um grande mistério quando foram descobertos em 1967. A equipe que o identificou considerou a possibilidade de que o objeto poderia ser um sinal de uma civilização avançada. No entanto, a descoberta de uma fonte de rádio pulsante no centro da nebulosa foi uma forte evidência de que os pulsares eram formadas por explosões de supernovas. São atualmente entendidos como estrelas de nêutrons, cujo intenso campo magnético concentra suas emissões de radiação em feixes estreitos em seus polos magnéticos.

Os filamentos observados são restos da atmosfera da estrela progenitora e consistem basicamente de hélio e hidrogênio ionizado, juntamente com carbono, oxigênio, nitrogênio, ferro, neônio e enxofre. A temperatura dos gases nesses filamentos é de 11000 a 18 000 kelvin e sua densidade é de 1 300 partículas por centímetro cúbico.



O fluxo extremo de energia do pulsar cria uma região incomumente dinâmica no centro da nebulosa. A maioria dos objetos astronômicos evolui tão lentamente que mudanças são visíveis somente em escalas de tempo de muitos anos, mas as partes internas da nebulosa apresentam mudanças em escalas de tempo de apenas alguns dias. A característica mais dinâmica na parte interior da nebulosa é o ponto onde o vento do pulsar encontra-se com o volume da nebulosa, formando uma onda de choque. A forma e a posição desta onda de choque mudam rapidamente, mostrando-se como uma série de manchas que se concentram, brilham, em seguida, esmaecem e desaparecem à medida que se afastam do pulsar e para longe do corpo principal da nebulosa.


Fonte: Wikipédia A Enciclopédia Livre.
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