Projeto SETI

SETI (sigla em inglês para Search for Extraterrestrial Intelligence, que significa Busca por Inteligência Extraterrestre) é um projeto que tem por objetivo a constante busca por vida inteligente no espaço. Uma das abordagens, denominada radio SETI, visa analisar sinais de rádio de baixa frequência captados por radiotelescópios terrestres (principalmente pelo Radiotelescópio de Arecibo), uma vez que este tipo de sinal não ocorre naturalmente, podendo ser interpretado como evidência de vida extraterrestre [1].

História[editar | editar código-fonte]

A ideia de comunicação com inteligências extraterrestres não é nova. Gauss, conforme relatado por Camille Flammarion, havia proposto o envio de sinais para a Lua, na forma da representação do teorema de Pitágoras.[2]
O programa SETI OSU ganhou fama em 15 de agosto de 1977, quando Jerry Ehman, um voluntário do projeto, testemunhou um sinal surpreendentemente forte recebido pelo telescópio. Ele rapidamente circulou a indicação em uma cópia impressa e rabiscou a exclamação "Wow!" na margem. Apelidado de Sinal Wow!, é considerado o melhor sinal de rádio extratraterrestre já descoberto, mas não foi detectada novamente em várias pesquisas adicionais.[3]
Em 2015, em Londres, o empresário russo Yuri Milner, juntamente com o físico Stephen Hawking, anunciaram[4] suas intenções de fornecer US$ 100 milhões em financiamento ao longo da próxima década para os melhores pesquisadores do SETI, através do projeto "Breakthrough Listen" que permitirá que novos levantamentos de dados rádio e ópticos possam ocorrer usando os mais avançados telescópios.[5]

SETI@HOME[editar | editar código-fonte]

SETI@home em execução
SETI@HOME é um projeto feito com base nas pesquisas do projeto SETI que utiliza os dados coletados por ele, dividindo-os em pequenos trechos que possam ser analisados por computadores pessoais comuns. Para isso, o projeto conta com a participação voluntária dos internautas, que "emprestam" o tempo de processamento de seus computadores para a análise desses sinais de rádio.
Assim, ao se conectar à Internet, o usuário cadastrado do SETI carrega dados coletados por um radiotelescópio no seu computador que serão analisados durante o tempo livre do processador. Após essa análise, os resultados são retransmitidos ao controlo do projeto.
Essa versão do projeto SETI@home migrou para a plataforma BOINC.
A capacidade de processamento desses voluntários supera em mais de 5 vezes o volume de dados disponíveis para análise, além de, conjuntamente, terem a maior capacidade de processamento criada pelo homem, da ordem de 7,691081e+21 operações em ponto flutuante (Flops).
Brasil estava na 30ª posição da lista de países que mais colaboraram para o projeto, tendo 68.901 colaboradores que enviaram 6 649 489 resultados.

Fonte: Wikipédia.


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